Do ponto de vista quantitativo, não houve tempo ainda para se mensurar o quanto o spread bancário bruto - diferença entre a taxa de juros que os bancos pagam na captação do dinheiro e a que cobram dos clientes - subiu após a entrada em vigor, há duas semanas, das medidas de restrição ao crédito anunciadas pelo Banco Central. Mas, de acordo com o economista-chefe da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Rubens Sardenberg, qualitativamente é claro que está em curso um movimento de encarecimento do crédito em resposta à elevação dos custos das instituições bancárias.
"Nas próximas pesquisas da Febraban já deveremos ter alguns números mostrando o aumento", antecipou Sardenberg ontem, durante a última entrevista coletiva on-line do ano.
No dia 3, em decisão conjunta, o CMN (Conselho Monetário Nacional) e o Banco Central elevaram a exigência de depósito compulsório dos bancos sobre os depósitos à vista e a prazo. Na ocasião do anúncio das medidas, chamadas de macroprudenciais pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, Sardenberg previu que o conjunto de medidas iria aumentar o spread bruto dos bancos, ou seja, da diferença entre as receitas de operações de crédito e a despesa total de captação.
Segundo Sardenberg, pesquisa feita pela Febraban entre os dias 16 e 20, com 28 instituições, mostra que ainda não há no mercado um consenso sobre o impacto que as medidas têm sobre o que o Banco Central vai fazer nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária. "O mercado está dividido", diz o economista-chefe da Febraban.
O que a pesquisa mostra é que a taxa básica de juros, a Selic, deverá subir ao longo de 2011, para 12,25% ao ano. Para Sardenberg, o conjunto de medidas deverá ter um complemento. O BC vai ter de olhar o que vai acontecer sobre o ritmo de crescimento do crédito e da inflação e esperar o que o novo governo vai anunciar em termos fiscais. Para ele, o mercado ainda conta com medidas em linha com uma política fiscal mais austera.
Fonte: Diário do Grande ABC
até breve
"Nas próximas pesquisas da Febraban já deveremos ter alguns números mostrando o aumento", antecipou Sardenberg ontem, durante a última entrevista coletiva on-line do ano.
No dia 3, em decisão conjunta, o CMN (Conselho Monetário Nacional) e o Banco Central elevaram a exigência de depósito compulsório dos bancos sobre os depósitos à vista e a prazo. Na ocasião do anúncio das medidas, chamadas de macroprudenciais pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, Sardenberg previu que o conjunto de medidas iria aumentar o spread bruto dos bancos, ou seja, da diferença entre as receitas de operações de crédito e a despesa total de captação.
Segundo Sardenberg, pesquisa feita pela Febraban entre os dias 16 e 20, com 28 instituições, mostra que ainda não há no mercado um consenso sobre o impacto que as medidas têm sobre o que o Banco Central vai fazer nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária. "O mercado está dividido", diz o economista-chefe da Febraban.
O que a pesquisa mostra é que a taxa básica de juros, a Selic, deverá subir ao longo de 2011, para 12,25% ao ano. Para Sardenberg, o conjunto de medidas deverá ter um complemento. O BC vai ter de olhar o que vai acontecer sobre o ritmo de crescimento do crédito e da inflação e esperar o que o novo governo vai anunciar em termos fiscais. Para ele, o mercado ainda conta com medidas em linha com uma política fiscal mais austera.
Fonte: Diário do Grande ABC
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