A confirmação do nome da cantora e atriz Ana de Hollanda para o Ministério da Cultura do governo Dilma Rousseff, na última segunda-feira, de forma geral, foi bem recebida pelo meio cultural brasileiro. Os entusiastas ressaltam o fato de ela ter visão moderna da cultura
Recebida com desalento no Ministério da Cultura (MinC), que ainda contava com a possibilidade de permanência de Juca Ferreira, a indicação, na segunda-feira à tarde, da cantora e atriz Ana de Hollanda, de 62 anos, para a pasta, teve, de maneira geral, boa acolhida no meio cultural. "Ela tem uma compreensão bastante moderna da cultura e não faz parte de jogos de cartas marcadas", declarou o produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, liderança na articulação política do setor de cinema.
Irmã do cantor Chico Buarque, Ana de Hollanda postou, em seu perfil no Twitter, no início da tarde de ontem, suas primeiras palavras após a indicação: "Estou honradíssima com o convite da Presidenta Dilma. O desafio é enorme, mas nada que seja impossível para quem respira cultura. Conto com ajuda essencial de todos que criam e produzem arte".
Ana já havia sido sondada, mas a necessidade de atender a costuras regionais acabou suspendendo a intenção de indicá-la. Dilma pensou em contemplar com o posto a ala do PT de Minas Gerais ligada ao ex-ministro Patrus Ananias, até agora sem cargo no primeiro escalão. Chegou a convidar o ministro Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência), que recusou o convite por considerar cumprida sua missão no governo. A necessidade de compensar Patrus surgiu após a nomeação de Fernando Pimentel (PT-MG) para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Os dois mineiros disputam espaço e influência no Estado.
Prestígio
A presidente eleita segue determinada a prestigiar Patrus, ou uma pessoa chancelada por ele. O lobby do atual titular da Cultura, Juca Ferreira, para continuar no cargo acabou não rendendo resultado. A pasta tem um orçamento global de R$ 2,3 bilhões, conforme dotação do ano de 2010.
Com a escolha, prevaleceu a ideia de Dilma de ter uma mulher à frente do cargo. A eleita está próxima de concluir as indicações para a Esplanada. Os últimos nomes são esperados para hoje. Só então se dedicará a compor os cargos de estatais, o que deve ocorrer entre janeiro e fevereiro do ano que vem.
O nome de Ana de Hollanda, ex-diretora de Música da Funarte, foi sugerido pelo PT do Rio de Janeiro. Chegaram a ser cotados o sociólogo Emir Sader e o músico Wagner Tiso.
Quem é Ana
Quando pequena, ela era chamada de "queridinha do papai". Já adulta, ao encampar a carreira de cantora, teve de driblar outra alcunha: a de "irmã do Chico". A provocação dos irmãos é revelada no documentário "Raízes do Brasil", sobre Sérgio Buarque de Hollanda (1902-1982).
Apesar de ter debutado no palco aos 16 anos, acompanhando Chico, Ana gravou só quatro discos, o mais recente, "Só na Canção", de 2009. Como atriz, Ana participou de peças e do musical "Nunca Te Vi, Sempre Te Amei". A veia política fez com que militasse no Partido Comunista na juventude. Entre 1986 e 1988, ela foi secretária de Cultura de Osasco (SP).
Durante o governo Lula, Ana chegou a fazer parte dos quadros do MinC, como diretora de Música da Funarte, entre 2003 e 2007, na gestão de Antonio Grassi. Após a demissão de Grassi, que saiu criticando a administração de Gilberto Gil, ela também deixou o cargo. Sua indicação para o Ministério teria sido capitaneada por Grassi, um dos líderes do movimento da chamada "retomada" da pasta pelo PT.
Fonte: Diário do Nordeste
até breve
Recebida com desalento no Ministério da Cultura (MinC), que ainda contava com a possibilidade de permanência de Juca Ferreira, a indicação, na segunda-feira à tarde, da cantora e atriz Ana de Hollanda, de 62 anos, para a pasta, teve, de maneira geral, boa acolhida no meio cultural. "Ela tem uma compreensão bastante moderna da cultura e não faz parte de jogos de cartas marcadas", declarou o produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, liderança na articulação política do setor de cinema.
Irmã do cantor Chico Buarque, Ana de Hollanda postou, em seu perfil no Twitter, no início da tarde de ontem, suas primeiras palavras após a indicação: "Estou honradíssima com o convite da Presidenta Dilma. O desafio é enorme, mas nada que seja impossível para quem respira cultura. Conto com ajuda essencial de todos que criam e produzem arte".
Ana já havia sido sondada, mas a necessidade de atender a costuras regionais acabou suspendendo a intenção de indicá-la. Dilma pensou em contemplar com o posto a ala do PT de Minas Gerais ligada ao ex-ministro Patrus Ananias, até agora sem cargo no primeiro escalão. Chegou a convidar o ministro Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência), que recusou o convite por considerar cumprida sua missão no governo. A necessidade de compensar Patrus surgiu após a nomeação de Fernando Pimentel (PT-MG) para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Os dois mineiros disputam espaço e influência no Estado.
Prestígio
A presidente eleita segue determinada a prestigiar Patrus, ou uma pessoa chancelada por ele. O lobby do atual titular da Cultura, Juca Ferreira, para continuar no cargo acabou não rendendo resultado. A pasta tem um orçamento global de R$ 2,3 bilhões, conforme dotação do ano de 2010.
Com a escolha, prevaleceu a ideia de Dilma de ter uma mulher à frente do cargo. A eleita está próxima de concluir as indicações para a Esplanada. Os últimos nomes são esperados para hoje. Só então se dedicará a compor os cargos de estatais, o que deve ocorrer entre janeiro e fevereiro do ano que vem.
O nome de Ana de Hollanda, ex-diretora de Música da Funarte, foi sugerido pelo PT do Rio de Janeiro. Chegaram a ser cotados o sociólogo Emir Sader e o músico Wagner Tiso.
Quem é Ana
Quando pequena, ela era chamada de "queridinha do papai". Já adulta, ao encampar a carreira de cantora, teve de driblar outra alcunha: a de "irmã do Chico". A provocação dos irmãos é revelada no documentário "Raízes do Brasil", sobre Sérgio Buarque de Hollanda (1902-1982).
Apesar de ter debutado no palco aos 16 anos, acompanhando Chico, Ana gravou só quatro discos, o mais recente, "Só na Canção", de 2009. Como atriz, Ana participou de peças e do musical "Nunca Te Vi, Sempre Te Amei". A veia política fez com que militasse no Partido Comunista na juventude. Entre 1986 e 1988, ela foi secretária de Cultura de Osasco (SP).
Durante o governo Lula, Ana chegou a fazer parte dos quadros do MinC, como diretora de Música da Funarte, entre 2003 e 2007, na gestão de Antonio Grassi. Após a demissão de Grassi, que saiu criticando a administração de Gilberto Gil, ela também deixou o cargo. Sua indicação para o Ministério teria sido capitaneada por Grassi, um dos líderes do movimento da chamada "retomada" da pasta pelo PT.
Fonte: Diário do Nordeste
até breve
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