Nova medida prudencial do Banco Central exige mais recursos para esse tipo de empréstimo, que fica mais salgado.
A concessão de crédito nos cartões consignados ficou mais cara para os bancos. Nesta segunda-feira, o Banco Central (BC) fechou a última janela que impedia restrições nesse tipo de empréstimo, que tem desconto em folha de pagamento.
O BC soltou circular alterando a ponderação de risco exigida para cartão de crédito consignado, equiparando-o às outras formas de empréstimo com desconto em folha. O Banco Fator lembra que a medida vale para exposições relativas a operações que não assegurem liquidação da dívida em prazo de até 36 meses.
As ações dos bancos reagiram em queda à medida ontem na Bovespa. Bradesco caiu 2,23%, Banco do Brasil recuou 2,68% e Santander perdeu 2,87%, num dia em que o Ibovespa caiu 1,08%.
De acordo com a autoridade monetária, o objetivo é desestimular as operações de financiamento consignado no cartão com prazos longos e preservar os objetivos prudenciais da regulamentação. O fator de risco do cartão de crédito consignado passa de 75% para 150% nas operações que tenham essas características. Operações com cartão de crédito consignado que possibilitem liquidação em até 36 meses permanecerão com fator de 75%.
O nível de 150% foi estabelecido para a maior parte das modalidades de crédito acima de 24 meses em dezembro, quando o Banco Central divulgou boa parte de suas medidas macroprudenciais, para tentar conter a expansão muito forte do crédito. Só que, naquela época, não recaía sobre consignado, lembra o Fator.
O BC também disse no comunicado oficial que as normas de pagamento mínimo de parcela de cartão de crédito (estabelecidas em novembro de 2010) não serão aplicadas ao cartão de crédito consignado. Sobre esse já recaem regras próprias do crédito consignado.
Empréstimo mais salgado
Na prática, conta Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da agência classificadora de risco Austing Rating, as instituições financeiras terão de reservar mais dinheiro preventivo para esse tipo de operação, o que torna essa operação mais salgada. “O BC está dizendo: Banco, você quer emprestar? Agora precisará reservar mais garantias nesse tipo de crédito.”
André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, lembra que a medida é a primeira tomada depois da criação do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), em 18 de maio. “Isso é positivo. Mostra que o BC está de olho em todas as brechas e verificando situações com potencial de risco.”
Segundo Santacreu, autorizar um empréstimo consignado via cartão de crédito é mais fácil para os bancos. “Os plásticos dão mais mobilidade aos clientes, que podem usá-lo para parcelar compras na farmácia, por exemplo.” Apesar de ser mais simples, a modalidade ainda não tinha o mesmo peso do consignado tradicional para os bancos. O especialista acredita, no entanto, que como os custos estavam mais baixos até agora, as instituições podem ter ampliado a atuação nesse segmento.
Fonte: ig
até breve
A concessão de crédito nos cartões consignados ficou mais cara para os bancos. Nesta segunda-feira, o Banco Central (BC) fechou a última janela que impedia restrições nesse tipo de empréstimo, que tem desconto em folha de pagamento.
O BC soltou circular alterando a ponderação de risco exigida para cartão de crédito consignado, equiparando-o às outras formas de empréstimo com desconto em folha. O Banco Fator lembra que a medida vale para exposições relativas a operações que não assegurem liquidação da dívida em prazo de até 36 meses.
As ações dos bancos reagiram em queda à medida ontem na Bovespa. Bradesco caiu 2,23%, Banco do Brasil recuou 2,68% e Santander perdeu 2,87%, num dia em que o Ibovespa caiu 1,08%.
De acordo com a autoridade monetária, o objetivo é desestimular as operações de financiamento consignado no cartão com prazos longos e preservar os objetivos prudenciais da regulamentação. O fator de risco do cartão de crédito consignado passa de 75% para 150% nas operações que tenham essas características. Operações com cartão de crédito consignado que possibilitem liquidação em até 36 meses permanecerão com fator de 75%.
O nível de 150% foi estabelecido para a maior parte das modalidades de crédito acima de 24 meses em dezembro, quando o Banco Central divulgou boa parte de suas medidas macroprudenciais, para tentar conter a expansão muito forte do crédito. Só que, naquela época, não recaía sobre consignado, lembra o Fator.
O BC também disse no comunicado oficial que as normas de pagamento mínimo de parcela de cartão de crédito (estabelecidas em novembro de 2010) não serão aplicadas ao cartão de crédito consignado. Sobre esse já recaem regras próprias do crédito consignado.
Empréstimo mais salgado
Na prática, conta Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da agência classificadora de risco Austing Rating, as instituições financeiras terão de reservar mais dinheiro preventivo para esse tipo de operação, o que torna essa operação mais salgada. “O BC está dizendo: Banco, você quer emprestar? Agora precisará reservar mais garantias nesse tipo de crédito.”
André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, lembra que a medida é a primeira tomada depois da criação do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), em 18 de maio. “Isso é positivo. Mostra que o BC está de olho em todas as brechas e verificando situações com potencial de risco.”
Segundo Santacreu, autorizar um empréstimo consignado via cartão de crédito é mais fácil para os bancos. “Os plásticos dão mais mobilidade aos clientes, que podem usá-lo para parcelar compras na farmácia, por exemplo.” Apesar de ser mais simples, a modalidade ainda não tinha o mesmo peso do consignado tradicional para os bancos. O especialista acredita, no entanto, que como os custos estavam mais baixos até agora, as instituições podem ter ampliado a atuação nesse segmento.
Fonte: ig
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