sexta-feira, 23 de setembro de 2011

As polêmicas cotas raciais: a favor ou contra?


por Guilherme Freitas
educacao@blogdacomunicacao.com.br

Um tema que sempre gera debate são as cotas raciais. Elas já fazem parte dos programas de várias Universidade Brasileiras, mas sempre desperta reações opostas: alguns concordam com ela. Outros não. Essa relação de amor e ódio mexe com muita gente, de estudantes a parlamentares e gera muito debate. Tenho uma opinião formada sobre o assunto. Sou favor das cotas raciais por enquanto, mas não para todo o sempre.

O Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão, apenas em 1888. Após a libertação, os negros tornam-se livres. Mas não podiam trabalhar, votar e nem estudar. Ai pergunto: de que adiantou esta liberdade? Tivesse a sociedade brasileira no final do século XIX inserido o cidadão negro na sociedade hoje não estaríamos discutindo cotas raciais e o Brasil poderia ser um pouco mais justo. Mas na época dos aristocratas ser negro era como ser escravo, embora muita gente hoje pense assim também…

Acredito que é preciso corrigir este grave defeito, mais de 100 depois. E é por isso que as cotas raciais entram na jogada. Mas não concordo só com cotas para negros em universidades. É preciso dar cotas para brancos pobres e principalmente para índios nas universidades também. Principalmente os indígenas, que tanto sofreram e ainda sofrem na sociedade atual. As cotas podem ajudar a diminuir o abismo entre brancos e negros, mas não podem ser para sempre. Senão muita gente se acomoda e tudo vira uma bagunça.

O Ministério da Educação e órgãos ligados a pasta deveriam fazer um grande estudo, com muitas estatísticas e números para atingir a um parâmetro. Ai daqui alguns anos chegaria a uma conclusão: se a maioria dos negros foi inserida no ensino superior e no mercado de trabalho, poderia se pensar em abolir as cotas raciais. Não haveria mais sentido manter uma cota racial se boa parte da população negra estiver preparada. Ai seria a hora de focar em uma cota para alunos de baixa renda. Outra coisa que precisa melhorar é a questão da definição de raça, porque muita gente diz ser descendente de negro, mesmo com a pele clarinha, clarinha.

No meu conceito, não importa a cor da pele. Raça é uma só: humana. Mas o ideal mesmo seria uma educação de qualidade e de alto nível, do maternal até as fileiras de doutorado. Mas como os políticos só pensam em sugar dinheiro público e fazer da política um palco para interesses próprios, a educação fica relegada a escanteio. Assim como a saúde, saneamento básico, moradia, desigualdade social, etc

Fonte: Paperblog

até breve

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