quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Dê educação de berço... ou reze!


Deparei-me com uma situação bastante inusitada, ou no mínimo insólita.

Fui ao meu barbeiro, e tive o prazer de ver aquele senhor humilde debater sobre um assunto que está em moda nos dias atuais: a pedofilia.

Dizem que os taxistas são as pessoas mais “instruídas” dentre as profissões mais simples. Eu não concordo (porém não estou dizendo que é uma máxima).

Para mim os barbeiros são, sem dúvidas, os que mais sabem de tudo, principalmente da vida alheia!

Eles têm tempo para isso. Sabem de tudo que acontece à volta do seu estabelecimento e de tudo que se é comentado por seus “clientes”.

Quando você está sentado em sua cadeira você não pode emitir, na maioria das vezes, qualquer tipo de opinião, pois tem sempre uma navalha te espreitando!

Enquanto que no táxi, você só importunado se der corda ao motorista, uma vez que ao abrir um jornal, um livro ou até mesmo fingir atender uma ligação, desestabiliza aquele que tem por obrigação ficar ligado no transito.

Mas, vamos ao que interessa:

O “meu” barbeiro falava, e não comigo, pois me encontrava sentado em sua cadeira, sendo apenas um ouvinte “obrigatório” de um assunto que da ilha de pescadores em Farol de São Thomé.

Dizia o escanhoador que a ilha, já há tempos, não mais pertencia aos pescadores, e quem “dominava o pedaço” era o pessoal do “tóchico”. Que a comunidade esta repleta de traficantes, marginais e pedófilos.

Ai é que veio minha surpresa, ou acho que nem foi surpresa, e sim constatação!

Acho que os direitos humanos estão ai, e devem permanecer. As leis estão sendo cada vez sérias e estão preenchendo as lacunas existentes.

O Ordenamento Jurídico Brasileiro está tomando forma e isso é aprazível a toda população.

Leis como o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso, os Direitos dos Deficientes e até mesmo, tendo minhas restrições, já assinaladas neste blog, a Lei Maria da Penha, têm a obrigação de serem respeitadas e cumpridas na risca, doa a quem doer, uma vez que as mesmas fazem parte do nosso Sistema Normativo.

O que me faz ter tal estupefação é que há algum tempo, e não muito assim, nada disso ocorria.

Vou tentar explicar:

Quem não teve uma avó que se casou novinha, moçoila, ainda, dando a luz a uma infinidade de filhos, chegando a conhecer seus tataranetos?

Era pedofilia? Podia até ser, mais a vida transcorria de forma mais normal do que hoje!

Vou tentar elucidar isso também:

As futuras senhoras de 70 anos que se casaram com 23 anos, pós-faculdade, para terem seus futuros garantidos e ajudarem seus maridos, terão seus primeiro netos com 46 anos, e bisnetos com 69, 70. Isso se suas filhas ou filhos seguirem tais parâmetros.

Se os membros de sua prole não tiverem a capacidade de logo que se formarem, se estabelecerem, ou ainda, num contexto muito melhor, se forem seguir a carreira de Médico, que necessita de mais anos de estudos, ou até mesmo, partirem para um Mestrado ou Doutorado, para somente depois constituírem famílias... Podem, esses idosos, nem verem seus netos.

Sei que os tempos de hoje estão muito piores que os de ontem, e principalmente os de anteontem! Tudo de ruim está ai, para qualquer adolescente ou criança ter acesso. Não sou tão alienado, assim!

O que pretendo, com essa ilustração funesta, é mostrar que a sociedade está sujeito a muita coisa, sim, e não vai banir hábitos que vem de outrora, vai apenas coibir, se não tivermos outro tipo de posicionamento.

Conheço casos, e tenho certeza que não sou o único, que os pais tiveram o maior zelo do mundo, ou então trouxeram os seus “na coleira”, e no primeiro descuido, acontece uma gravidez, ou até mesmo um envolvimento com drogas.

Temos que vigiar, sim! Mas não podemos nos iludir que somente as leis serão suficientes.

Não podemos deixar de acreditar que o conhecimento da lei e a repudiação do barbeiro, perante o crime da pedofilia, não ajudará, ao mesmo, a ser mais cauteloso e zeloso com sua estirpe.

No entanto, não podemos negar que as vontades do endivido pertencem a si, e não aos seus progenitores, e que toda e qualquer atitude de prevenção, ou repressão, não poderá cessar tais anseios.

Chego ao final destas minhas alegações duras, torcendo que esteja muito errado em minhas colocações (pena saber que não estou tanto assim), ou, o que seria melhor, que a educação de berço seja suficiente, para que na hora que a nossa meninada deparar com qualquer um dos males de nossa vida cotidiana, esteja preparada.

Pois se isto não ocorrer, teremos, então, que construir muitos asilos para amparar aqueles idosos de 70 ou mais anos, que não chegarão a conhecer seus netos, e não poderão contar com seu filhos, que estarão envoltos da correria dos tempos modernos, ou nos restará apenas rezar!

EM TEMPO: O TEXTO NÃO FAZ APOLOGIA À PEDOFILIA, pelo contrário, este blog REPUGNA tal prática. Apenas roga e alerta para que nossos filhos sejam mais bem cuidados.

"Não adianta chorar sobre o leite derramado."
"É de pequenino que se torce o pepino"
até breve

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