terça-feira, 30 de novembro de 2010

Metrópoles perdem participação no total da população brasileira


O crescimento populacional brasileiro na última década esteve mais ancorado nas cidades médias do que nas grandes metrópoles.

A conclusão foi apresentada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base nos dados do Censo 2010, que mostra que os municípios com mais de 2 milhões de habitantes respondiam por 14,5% do total da população, contra 14,7% dez anos antes.

Já os municípios com população entre 100 mil e 2 milhões de habitantes viram sua fatia subir de 36,1% em 2000 para 40,3% do total dos habitantes do país.

"Hoje, o que a gente observa é que áreas que mais absorvem população no Brasil não são mais as grandes cidades, as grandes metrópoles, mas na verdade as cidades de porte médio, ou até grandes, mas não metropolitanas", apontou o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes. "Hoje o Brasil tem como característica marcante observada neste censo a importância demográfica, social e também econômica das cidades de porte médio", acrescentou.

Nunes citou como exemplo Palmas, que teve uma elevação de 5,07% ao ano na população nos últimos dez anos, entre as capitais. Mas o presidente do instituto lembrou que o avanço das cidades médias se dá também no cinturão do agronegócio, em municípios como Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde, todos no Centro-Oeste.

Outro exemplo citado foi o de Rio das Ostras, que se beneficiou do boom do setor de petróleo no Norte do Estado do Rio de Janeiro e viu a população subir de 36.419 pessoas em 2000 para 105.757 habitantes este ano.

O presidente do IBGE citou ainda outro fenômeno populacional no Brasil, o da interiorização da população. "Quando a gente começa a analisar as cidades brasileiras que mais crescem, a gente observa que elas estão justamente nas áreas que são novos polos econômicos do país, principalmente na região Centro-Oeste", disse Nunes.

Segundo ele, os municípios menores, com menos de 100 mil habitantes, continuam sendo as que mais perdem participação no total de habitantes do país. Em 2000, essas cidades representavam 48,9% da população do país, fatia que caiu para 45,3% do total.

"Essas são áreas repulsoras de população. É dali que nascem fluxos migratórios em direção a outras áreas", explicou.

Fonte: O Globo

até breve

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