terça-feira, 1 de março de 2011

Bônus em vez de “arrego”


Hoje milhares de policiais militares e civis do Rio de Janeiro descobrirão quanto vão ganhar de bônus por terem alcançado as metas de redução de criminalidade estabelecidas para o segundo semestre do ano passado. É a terceira vez que o estado premia policiais com gratificações que, dessa vez, vão de 1000 a 3000 reais. O sistema de metas foi criado pela Secretaria de Segurança Pública em 2009. Com o programa, o estado foi dividido em áreas, que passaram a ter quatro indicadores monitorados: homicídio, roubo e furto de veículo, roubo a pedestre e latrocínio. Na premiação anterior, ocorrida em julho do ano passado, cerca de 9 000 do total de 40 000 policiais foram contemplados.

Todos os policiais civis e militares que trabalham nas áreas que atingiram as metas receberão 1000 reais. Porém, os policiais dos batalhões e delegacias localizados nas três regiões com os melhores resultados receberão 3 000 reais. Dessa vez, o primeiro lugar ficou com os policiais da regional de Copacabana. Por lá, principal reduto de turistas da cidade, o número registrado de roubos a pedestres diminui de 684 casos no segundo semestre de 2009 para 367 no mesmo período de 2010. Na região de Itaperuna, no norte fluminense e segunda colocada, os homicídios foram reduzidos de 23 para 12 casos. Na Tijuca, bairro da zona norte da capital e terceira colocada no ranking, a queda mais significativa foi em roubo de veículos: de 556 para 210.

Nesse momento, a secretaria está levantando onde cada policial trabalhava no segundo semestre de 2010 para premiar aqueles que efetivamente contribuíram para redução da criminalidade no período. Ainda não há data certa para o pagamento dos servidores, mas a previsão é que o bônus entre na conta dos policiais em março ou abril. É claro que um policial corrupto pode ganhar mais dinheiro que o bônus que secretaria paga. A diferença é que os bons policiais não eram premiados com o bônus por prestar bons serviços.

MIL VIDAS POUPADAS

Pela primeira vez, desde que as taxas de homicídios são registradas em estatísticas, o Rio de Janeiro contabilizou menos de 30 mortos por 100 mil habitantes por ano. Na comparação com 2009, é como se 1 025 pessoas deixassem de ser assassinadas. Mesmo sendo o menor número absoluto de homicídios desde 1991, os 4 768 assassinatos registrados no ano passado ainda formam uma estatística desastrosa. A Organização das Nações Unidas considera como violência endêmica qualquer número acima de 10 homicídios por 100 mil habitantes por ano. O caminho é longo, mas tem de ser trilhado. Nos últimos quatro anos, o número de homicídios por 100 mil habitantes caiu de 40,6, em 2006, para 29,8, em 2010.

Fonte: Exame

até breve

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