quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ciclo virtuoso do Rio


O caderno de economia de um jornal do Rio de Janeiro trouxe recentemente duas matérias dando conta da performance positiva da economia fluminense, a partir dos dados coletado pelo IBGE na Pnad-2009.

A primeira manchete revela o estudo coordenado pelo pesquisador da FGV Marcelo Neri onde o Rio ultrapassa São Paulo no ranking da renda familiar per capita; e a segunda matéria constata que em nosso estado o emprego e renda melhoram, embora a desigualdade tenha aumentado.

Pesquisas publicadas em anos recentes afirmam que, após a longeva e profunda crise da década de 1980, a economia fluminense apresentou, a partir da segunda metade dos anos 1990, uma nova trajetória de inflexão positiva graças ao crescimento do interior, com expressiva influência da prospecção de petróleo no Norte Fluminense, bem como pela consolidação do pólo metal-mecânico e automobilístico na região do Médio Paraíba. Em paralelo, a capital manteve-se como centro importante e sede de grandes empresas nacionais e internacionais.

No século que se inicia temos a consolidação de novos pólos interioranos que devem se constituir em verdadeiras ilhas de crescimento. Me refiro a Itaguaí, com o Porto de Sepetiba e a conclusão do Arco Metropolitano; Itaboraí e ao futuro Complexo Petroquímico da Petrobrás; e o Norte Fluminense, diante do Complexo Logístico e Industrial Farol/Barrado Furado, na divisa de Campos com Quissamã, bem como ao Super Porto do Açu, em São João da Barra - estas duas intervenções juntas tendem a industrializar uma orla marítima hoje completamente desabitada.

Uma revista de circulação nacional apontou entre as 100 cidades de porte médio mais dinâmicas de nossos país, os municípios fluminenses de Cabo Frio (turismo), Angra dos Reis (energia) e Resende (indústria de caminhões). Pensando mais especificamente a cidade do Rio de Janeiro, observa-se que a necessária infra-estrutura para os mega eventos da Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016 vão mobilizar vultuosos investimentos públicos e privados em mobilidade, saneamento, meio ambiente e construção civil.

Diante de tantas potencialidades e desafios, nossa maior ameaça é o risco de perda dos recursos indenizatórios oriundos da exploração de petróleo. Em paralelo, a conjuntura positiva exige planejamento estratégico, poder público mais eficiente e atuando de forma matricial e integrada nos diversos níveis, melhoria dos equipamentos sociais de modo a evitar concentração da renda, pesados investimentos para melhoria no trânsito e fundamentalmente capacitação da mão de obra.

Somos um pólo importante na geração de conhecimento, inovação ciência e tecnologia e referência internacional no quesito cultura lazer, turismo e entretenimento. Está lançada a sorte, cabe a nós aproveitar este ciclo virtuoso garantido renda, emprego e qualidade de vida, com justa distribuição dos frutos do progresso.

Fonte: Monitor Mercantil

até breve

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