sexta-feira, 21 de maio de 2010

Total de gestantes com mais de 35 anos triplica, mostra HC


São Paulo - A média de gestantes com mais de 35 anos atendidas pelo Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo saltou de 5%, na década de 1970, para 16,6% na atualidade, segundo informações do órgão. O aumento de três vezes nessa média é atribuída a uma série de fatores, entre eles o avanço da medicina e a entrada das mulheres no mercado de trabalho - o que as levam a adiar o momento de engravidar. No entanto, a gravidez mais tardia pode levantar alguns riscos, o que requer um acompanhamento mais intenso durante o pré-natal, recomenda o HC.

Após os 35 anos, o organismo é mais sujeito a complicações durante a gravidez, por isso a gestação é tratada com atenção especial e pode trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. “A mãe com idade mais avançada pode ter dificuldades de se adaptar à gravidez, pois há uma sobrecarga no funcionamento do organismo da mulher”, explicou Adolfo Liao, do Ambulatório de Obstetrícia.

O obstetra afirma que até 25% das gestações em idade materna avançada resultam em aborto. A taxa de bebês nascidos prematuramente também é mais alta e chega a 15%, devido a complicações como o diabete ou hipertensão. Essas duas doenças podem também afetar a formação e o desenvolvimento da criança.

A complicação genética mais comum, cuja probabilidade é influenciada pela idade da mãe, é a Síndrome de Down. A prevalência em fetos de mães com cerca de 20 anos chega a ser de uma em mil. Já nas mães com 35 anos ou mais, essa fração é de uma em cada 350 gestantes.

Cuidado redobrado

Diante das possíveis complicações da gestação tardia, o acompanhamento durante o pré-natal deve ser muito mais intenso. "As consultas devem ser mais constantes e os exames mais específicos para esse grupo", explicou o médico.

Segundo Liao, a mãe também deve estar consciente dos riscos antes de engravidar. O diagnóstico de doenças que podem afetar o desenvolvimento saudável do feto, como pressão alta ou diabetes, deve ser realizado antes do início da gestação, e o tratamento deve ser feito com remédios que não afetem a formação da criança. As informações são da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

Fonte: veja.com
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