Está havendo mudanças substanciais, ainda pouco percebidas, na distribuição espacial das atividades econômicas do Brasil. Percebe-se, por exemplo, que o Brasil depende cada vez mais da exportação de commodities e vai perdendo posições no mundo como supridor industrial. Enquanto as commodities geram grandes superavits comerciais e também físicos, os produtos industriais vão gerando déficits comerciais que, nos portos, significa mais contêineres chegando e menos saindo. Para reduzir os estoques de contêineres é preciso exportá-los vazios.
O Brasil está num esforço para mudar a matriz de transportes, privilegiando mais o modo ferroviário, assim como o hidroviário, em detrimento do rodoviário. Não será fácil, tampouco nos prazos desejados pelo Plano Nacional de Logística de Transportes - PNLT, mas os maiores investimentos ferroviários estão no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
As commodities agrícolas - com exceção do açúcar - tenderão a sair pelos portos do Norte e do Nordeste e não pelo Sul-Sudeste.
Há muita expectativa em relação ao petróleo que é hoje um dos principais itens do comércio exterior brasileiro. Mas com a implantação das novas refinarias a logística dos produtos petrolíferos irá mudar muito, com o deslocamento da capacidade de refino para o Nordeste. O petróleo do pré-sal da Bacia de Santos entrará pela Bacia de Campos, deixando Santos fora da rota.
A tendência é que Santos vá deixando de ser o principal porto de movimentação de contêineres, até por conta de distorções fiscais.
O Porto de Santos está sendo cozinhado devagarzinho, como o sapo. Encoberto pelos investimentos em dragagem, que faz com que poucos percebam as mudanças. Quando perceberem será tarde.
Leia mais no blog Inteligência Estratégica, de Jorge Hori.
Fonte: Porto Gente
até breve
O Brasil está num esforço para mudar a matriz de transportes, privilegiando mais o modo ferroviário, assim como o hidroviário, em detrimento do rodoviário. Não será fácil, tampouco nos prazos desejados pelo Plano Nacional de Logística de Transportes - PNLT, mas os maiores investimentos ferroviários estão no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
As commodities agrícolas - com exceção do açúcar - tenderão a sair pelos portos do Norte e do Nordeste e não pelo Sul-Sudeste.
Há muita expectativa em relação ao petróleo que é hoje um dos principais itens do comércio exterior brasileiro. Mas com a implantação das novas refinarias a logística dos produtos petrolíferos irá mudar muito, com o deslocamento da capacidade de refino para o Nordeste. O petróleo do pré-sal da Bacia de Santos entrará pela Bacia de Campos, deixando Santos fora da rota.
A tendência é que Santos vá deixando de ser o principal porto de movimentação de contêineres, até por conta de distorções fiscais.
O Porto de Santos está sendo cozinhado devagarzinho, como o sapo. Encoberto pelos investimentos em dragagem, que faz com que poucos percebam as mudanças. Quando perceberem será tarde.
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Fonte: Porto Gente
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