quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Vacina universal contra a gripe funciona em ratos

Cientistas identificaram molécula que está presente em todos os vírus da gripe e pode ser identificada pelos anticorpos do organismo infectado.

O grande obstáculo para o desenvolvimento de uma vacina universal contra a gripe está nas características mutantes do vírus da influenza. O vírus que ataca neste ano estará diferente no ano seguinte. Por isso as vacinas têm validade curta. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, mudou a abordagem da fabricação da vacina e pode estar perto de criar uma imunização universal.

As vacinas atuais inoculam nos pacientes formas brandas do vírus. No caso da gripe, assim que uma nova variedade aparece, ela é usada para a fabricação da vacina. Os pesquisadores australianos resolveram usar um peptídeo, uma molécula presente em todos os vírus da gripe, para criar a vacina. A ideia é que os anticorpos identifiquem essa molécula e com isso possam destruir diversas cepas do vírus. De acordo com o periódico científico Journal of General Virology, o grupo da Universidade de Adelaide teve sucesso no teste em ratos.

“No sistema atual, dependemos do governo para prever qual tipo do vírus vai se disseminar em um determinado ano. Só depois disso produzimos a vacina adequada, num processo demorado, trabalhoso e caro”, diz Darren Miller, um dos pesquisadores. "Uma vacina totalmente sintética e universal - que não seja derivada de um vírus específico da gripe e que não necessite de reformulação anual - teria vantagens claras em postos de saúde para controlar e prevenir a disseminação da gripe."

Para chegar aos resultados, os pesquisadores usaram peptídeos de uma pequena região do vírus da gripe para acionar uma resposta imunológica. A vacina testada apresentou 100% de proteção contra os vírus A e B e 20% contra o vírus H5N1, conhecido como gripe aviária.

A vacina australiana teria ainda a vantagem de ser administrada pelo nariz. Segundo Miller, o formato de spray nasal é um procedimento não-invasivo e ajuda pessoas que têm medo de agulhas. “Essa vacina também poderá reduzir o risco de alergia de grande parte dos pacientes – já que a vacina atual é produzida em ovos e quem tem alergia a ovo não pode ser imunizado”, diz.

Fonte: veja

até breve

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