quarta-feira, 20 de abril de 2011

Para OGX, relatório sobre recursos "já nasce velho"



A OGX confirmou que já recebeu propostas para obter até US$ 2 bilhões em financiamento externo de forma a garantir as operações da companhia em 2011. Para este ano, a companhia pretende perfurar mais 20 poços de exploração em campos sob sua concessão.

Em teleconferência com analistas nesta manhã, o presidente do conselho de administração da petroleira, Eike Batista, comparou o relatório divulgado na sexta-feira – em que a certificadora DeGolyer and MacNaughton estima em 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente (BOE) os recursos da OGX – ao personagem do filme “O curisoso caso de Benjamin Button”, que já “nasce velho”.

“Nos últimos 15 poços, encontramos uma produtividade incrível. Por isso achamos que vamos vender no máximo 10% dos nossos ativos”, disse Batista, lembrando os poços perfurados depois do trabalho realizado pela DeGolyer. “O relatório já foi divulgado com notícias antigas, porque não contempla esses 15 últimos poços perfurados. É como o Benjamin Button, já nasceu velho”, acrescentou, ao participar de teleconferência com analistas.

Batista reiterou que o objetivo do Grupo EBX é listar a OGX na bolsa de Londres dentro dos próximos três meses, enquanto o presidente da petroleira, Paulo Mendonça, afirmou que a companhia ainda não tem estimativas para os reservatórios abaixo do pré-sal.

O executivo fez questão de repetir diversas vezes ao longo da teleconferência que a DeGolyer não teve acesso à totalidade dos números da empresa, dados que a diretoria conhece. Neste sentido, Mendonça foi categórico ao afirmar que as expectativas os principais executivos da OGX são melhores que os números analisados pela certificadora.

“A direção tem credibilidade e nunca passamos número adiante com o qual não nos sentíssemos confortáveis”, disse. “É hora de olhar o que a direção está dizendo”, acrescentou Mendonça.

Para ele, o fator de recuperação estimado de 25% para as áreas da bacia de Campos é similar ao que a Petrobras conseguiu no campo de Garoupa há três décadas, quando as tecnologias de sísmica e recuperação eram substancialmente menos desenvolvidas.

“Nos recusamos a aceitar dados de 30 anos atrás”, afirmou Mendonça, lembrando que a OGX usa poços horizontais, que aumentam a recuperação.

Fonte: Valor online

até breve

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