quarta-feira, 3 de agosto de 2011

"Parente no governo sempre cria problema", diz Sarney


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu nesta terça-feira a investigação dos desmandos no Ministério da Agricultura, revelados por VEJA. As denúncias foram feitas por Oscar Jucá, ex-diretor da Confederação Nacional de Abastecimento (Conab) e irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Sem comentar o teor das revelações, ele foi taxativo : "O governo deve apurar todas as denúncias. E, uma vez comprovadas, deve punir", afirmou.

Sobre a situação constrangedora de Jucá, Sarney comentou: "Parente no governo sempre cria problema. Quando não cria para o governo, cria para o parente". As declarações foram dadas em entrevista coletiva concedida para comentar a pauta do segundo semestre legislativo.

Sarney acredita, entretanto, que o pedido de desculpas de Romero Jucá à presidente Dilma Rousseff encerra a possibilidade de uma crise política: "O PMDB, como os outros partidos, não está isento de qualquer episódio dessa natureza".

Prioridade - O presidente do Senado disse que a reforma política será a prioridade dos próximos meses. Ele admitiu que o tema não avançou com a celeridade adequada na primeira metade do ano: "Ela não caminhou com a pressa que nós desejávamos que caminhasse", afirmou. Ele listou as propostas que têm mais chance de aprovação: a mudança no formato da suplência de senadores, a alteração nas datas de posse, a extinção das coligações em eleições proporcionias e a convocação de um referendo para avalizar as mudanças no modelo eleitoral.

Sarney disse ainda que mantém a disposição de alterar o rito de tramitação das Medidas Provisórias (MPs). A queixa diz respeito aos prazos de tramitação dessas propostas, que atualmente permitem que as MPs tranquem a pauta do Congresso. Se não houve acordo para alterações nesses prazos, o presidente do Senado irá se recusar a pôr em pauta MPs que cheguem à Casa perto de ficar sem efeito, com menos de dez dias para votação.

Fonte: veja

até breve

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