segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sarney manda ‘redobrar vigilância’ sobre expediente no Senado


Jornal Nacional flagrou servidores batendo ponto e retornando para casa. Para Sarney, flagrantes são ‘graves’ e serão apurados por uma sindicância.


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), classificou nesta segunda-feira (4) de “graves” os flagrantes exibidos pelo Jornal Nacional da última sexta (1), em que servidores da Casa aparecem registrando a frequência, por meio do controle de ponto eletrônico, mas não cumprem o expediente no órgão. O presidente do Senado disse que determinou “vigilância redobrada” a todos os chefes de setor da Casa para evitar novos casos.


“Acho grave, sim [os flagrantes]. Naturalmente, que o funcionário é obrigado a trabalhar. Ele faz concurso, passa, mas é o povo que paga o salário de todos eles. Na sexta-feira à noite oficiei a diretora-geral para que ela avisasse a todos os diretores e chefes de serviço que redobrassem a vigilância sobre isso”, afirmou Sarney.


Reportagem do Jornal Nacional mostrou servidores que batem o ponto na instituição às 8h, mas retornam para casa, sem permanecer no Senado. Em um gabinete, ainda no sistema antigo, quando a frequência era registrada a partir de uma senha individual no computador, uma secretária seria responsável por bater o ponto eletrônico para 20 colegas, que só chegariam à instituição horas depois do início da jornada de trabalho, segundo a reportagem.


O presidente do Senado disse ainda que já determinou a abertura de investigação para apurar as denúncias mostradas pela reportagem da TV Globo. Sarney afirmou ainda que o episódio não mancharia a imagem da Casa e argumentou que o investimento na implantação do ponto eletrônico depende de uma “conjugação de esforços da tecnologia com a parte humana” para dar certo.


“Os chefes de serviço estão aí para isso. A responsabilidade [de acompanhar o trabalho dos servidores] é deles. [Ordenei] que abrissem sindicância para investigar todos eles”, disse Sarney. “Manchar a imagem da Casa, não. Temos mais de cinco mil funcionários e a Casa mostrou que deseja controlar a frequência. Esses fatos sempre existem, mas são uma pequena parcela e pouco a pouco nós vamos melhorando com a punição dos culpados”, complementou o presidente do Senado.


Na última sexta, entrou em vigor no Senado o novo sistema de controle biométrico de frequência em que cada servidor deve registrar sua impressão digital e, além disso, passar um cartão eletrônico para ter as horas de trabalho computadas. A Casa gastou R$ 1,154 milhão para coletar as informações digitais dos servidores, assim como armazená-las nos cartões personalizados para cada funcionário. No total, foram instalados mais de 50 pontos para a coleta da frequência.


Apesar do investimento, 1.060 servidores do total de 6.027 já são liberados do controle de ponto. São servidores lotados nos estados, diretores, chefes de gabinetes e servidores de gabinetes liberados pelos senadores.


Fonte: G1


até breve

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