quarta-feira, 13 de julho de 2011

'Crianças de hoje caminharão em Marte', diz diretor da Nasa


O diretor da Nasa (agência espacial americana), Charles Bolden, reiterou nesta terça-feira que o fim da era dos ônibus espaciais não significa o fim das viagens tripuladas ao espaço e destacou que 'as crianças de hoje caminharão em Marte'.

Bolden discursou à Comissão de Ciência, Espaço e Tecnologia da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, cujos membros foram muito críticos com a agência espacial americana, e em particular com seu diretor, por não ter preparado um veículo para substituir os ônibus espaciais.

O presidente da comissão, o republicano Ralph Hall, lembrou que a audiência foi convocada há meses para que Bolden falasse sobre os custos, as capacidades, o programa de desenvolvimento e como seria o novo veículo espacial.

No entanto, nove meses depois de o presidente americano, Barack Obama, assinar a lei de autorização de verbas para a Nasa, que incluía cláusulas para selecionar a próxima nave tripulada e o sistema de lançamento, Bolden não anunciou em que veículo os Estados Unidos trabalharão.

Hall considerou o silêncio da Nasa um 'insulto' para os membros da comissão e uma 'vergonha' para os que querem 'preservar', 'proteger' e 'defender' a liderança dos Estados Unidos na prospecção espacial.

'Estamos vendo a Nasa pagar, por viagens à estação espacial, países que poderiam não ter em mente os melhores interesses dos Estados Unidos', ironizou Hall.

Os astronautas americanos que viajarem a partir de agora à ISS terão de fazê-lo a bordo das naves russas Soyuz. Por isso, terão de pagar mais de US$ 40 milhões. Além disso, cada viagem poderá ter no máximo dois americanos.

Bolden defendeu que o fim da era dos ônibus espaciais não representa o fim da prospecção espacial americana. Pelo contrário, segundo ele, a Nasa pretende alcançar um asteroide até 2025 e liderar uma missão tripulada a Marte até 2030.

'As crianças de hoje não voarão nos ônibus espaciais, mas caminharão em Marte', declarou o diretor da Nasa.

Fonte: EFE

até breve

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