terça-feira, 15 de março de 2011

BG vai investir US$ 30 bi no Brasil


Plano de investimentos para 10 anos prevê que empresa britânica tenha, até 2020, 30% de sua produção de energia originada no País.

O presidente do Conselho de Administração do BG Group, Robert Wilson, informou ontem que a companhia inglesa, uma das líderes mundiais na área de energia, pretende investir pelo menos US$ 30 bilhões, nos próximos dez anos, na exploração da camada pré-sal no Brasil. A empresa, que opera há sete anos na Bacia de Santos, já investiu, segundo ele, US$ 5 bilhões no País.

O empresário foi recebido à tarde no Palácio do Planalto pela presidente Dilma Rousseff. Em entrevista logo após a audiência, Robert Wilson afirmou que o BG Group planeja gastar pelo menos US$ 1,5 bilhão na construção de um Centro Tecnológico Global, no Rio de Janeiro. Os recursos incluem o desenvolvimento de projetos e pesquisas ao longo de 15 anos. O BG Group deverá procurar instituições científicas e universidades de diferentes regiões do País para desenvolver projetos no setor.

O executivo disse que a companhia deve participar das próximas rodadas de licitação para explorar blocos na camada pré-sal. "Espero que tenhamos oportunidade de investir além desse montante (US$ 30 bilhões), porque pretendemos participar da próxima rodada de licitação."

Potencial. Wilson disse que o BG Group está numa fase de compreender o País e a potencialidade do setor energético nacional. "O Brasil é uma parte muito importante do futuro do BG Group", afirmou. "Nossa estimativa é que, em 2020, 30% de nossa produção venha do País, e temos certeza de que nossa organização está começando a aprender muito sobre o Brasil." O grupo já controla a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás).

Wilson ressaltou que o BG Group já estima um aumento do seu nível de endividamento para incrementar as ações no País. "O BG vai, provavelmente, verificar um crescimento de seu nível de endividamento pelos próximos dois anos", disse. Ao seu lado na entrevista estava o executivo Fábio Barbosa, ex-diretor da Vale que compõe, agora, o quadro da companhia de energia inglesa.

Diferenças. Na entrevista, o dirigente do BG Group tentou minimizar a guerra velada que a companhia trava com a Petrobrás, sua parceira na exploração de blocos importantes da camada pré-sal na Bacia de Campos.

São públicas as divergências entre o BG Group e a estatal brasileira sobre a potencialidade de áreas de exploração de óleo da camada pré-sal que estão sendo analisadas. "A diferença central entre a estimativa da Petrobrás e a nossa é simplesmente de "timing" das informações que foram disponibilizadas", disse o executivo. "Nós revisamos nossa estimativa", completou. "É a única diferença fundamental entre a Petrobrás e o BG em termos de filosofia e modo de fazer."

Expectativas

ROBERT WILSON
PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BG GROUP

"Espero que tenhamos oportunidade de investir além desse montante (US$ 30 bilhões), porque pretendemos participar da próxima rodada de licitação."

"Nossa estimativa é que, em 2020, 30% de nossa produção venha do País. Nossa organização está começando a aprender muito sobre o Brasil."

"A diferença central entre a estimativa da Petrobrás e a nossa é simplesmente de "timing" das informações. Revisamos nossa estimativa."

Fonte: Estadão


até breve


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