terça-feira, 12 de abril de 2011

Nem bom desempenho evita cabeças a prêmio nos times da Série A


A pouco mais de um mês para o início do Brasileiro, 11 dos 20 participantes da Série A já trocaram de treinador. Desses, dois já mudaram duas vezes de comando. Porém em somente 3 dos 13 casos a campanha do técnico ficou abaixo dos 50%.


O mais recente episódio aconteceu na noite de domingo, quando Vágner Benazzi foi demitido do Bahia, ao vivo, durante entrevista do presidente Marcelo Filho a uma rádio de Salvador.


Benazzi caiu com oito vitórias, três empates e duas derrotas. Hoje, o time estaria classificado para as semifinais do Estadual. E, amanhã, começará duelo pelas oitavas de final da Copa do Brasil diante do Atlético-PR.


O adversário, aliás, é dono da situação mais emblemática neste começo de temporada: uma semana atrás, rescindiu o contrato de Geninho após ele vencer um clássico e ostentar 83% de aproveitamento em dez jogos.


A diretoria de futebol alegou ter sido uma decisão "de cima", partindo da cúpula da equipe. O treinador, o mesmo do título do Brasileiro de 2001 conquistado pelo Atlético-PR, não se conformou.


"Isso não é uma despedida, é um adeus. Se o clube precisar de mim algum dia, se quiser me trazer de volta, quero deixar bem claro que não conte mais comigo", disse, em entrevista coletiva.


Menos de 24 horas depois, Adilson Batista já havia sido apresentado no time paranaense. No final de fevereiro, era ele quem era mandado embora do Santos, com uma derrota em 11 partidas.


Na oportunidade, a própria cartolagem santista acabou caindo em contradição.


Enquanto o diretor Pedro Luiz Nunes Conceição disse que a equipe não se pautava por eventuais queixas da torcida, o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro declarou: "A pressão que ele estava sofrendo era muito forte, de um jeito que não se pode fazer com um ser humano".


Bons números também não foram suficientes para Joel Santana continuar no Botafogo. Embora a decisão de sair tenha sido dele, justificou a atitude com base na insatisfação nas arquibancadas do estádio Engenhão.


"Fizemos um baita Nacional, somos líderes do Carioca e essa cobrança não é bem por aí", afirmou Joel. Em quase 14 meses no cargo, conheceu apenas 12 derrotas.


O grupo apresenta duas exceções. Dimas Filgueiras, "eterno" auxiliar do Ceará, foi efetivado no final de 2010 para salvar a equipe do rebaixamento e, após ter 82% de desempenho até semana passada, resolveu assumir cargo de dirigente no time.


Muricy saiu do Fluminense com 67% (mas mal na Libertadores), sob o argumento de má estrutura no clube.


Fonte: Folha.com


até breve

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