segunda-feira, 16 de agosto de 2010

China deve se tornar a segunda maior economia em 2010


Entre abril e junho, PIB chinês cresceu 10,3% e foi a US$ 1,33 trilhão. Economia japonesa, atual segunda colocada, cresceu apenas 0,4% no mesmo período.

Quem acompanhou o noticiário econômico nos últimos dez anos já ouviu falar da previsão de que, em 2030, a China terá um Produto Interno Bruto (PIB) maior que o dos Estados Unidos. Este cenário ainda está distante, mas o monstruoso crescimento chinês vem fazendo "vítimas" no ranking das maiores economias do mundo nos últimos anos. Depois de ultrapassar França, Reino Unido e Alemanha, um dado divulgado nesta segunda-feira (16) mostra que é grande a chance de 2010 ser o ano em que a China se tornou a segunda maior economia do mundo.

De acordo com dados do governo japonês, a economia do país cresceu, entre abril e junho, apenas 0,4% a ritmo anual e 0,1% em relação ao trimestre anterior, o que representa um avanço muito mais moderado ao do primeiro trimestre, quando os dados foram de 4,4% e 1,1%, respectivamente). Em termos nominais (sem levar em conta a variação dos preços), o valor do PIB japonês foi de US$ 1,288 trilhão frente a US$ 1,33 trilhão da China.

A economia chinesa, que cresceu 10,3% no segundo trimestre e espera fechar 2010 com um aumento superior a 9%, já ficou no ano passado muito perto dos US$ 5,07 trilhões do PIB japonês, ao atingir US$ 4,98 trilhões.

O pequeno crescimento do Japão entre abril e junho foi motivado por menores avanços das exportações e do consumo interno, enquanto a China mantém sua rápida ascensão para se transformar na segunda potência econômica atrás dos EUA. O Japão convive com problemas como uma monumental dívida pública equivalente a 200% do PIB (que o primeiro-ministro Naoto Kan prometeu combater) e uma previsão de crescimento inferior a 3% para este ano.

O Japão, que saiu da recessão há um ano e ainda mantém medidas de estímulo econômico, registrou também um crescimento mais moderado que a economia americana, que entre abril e junho subiu 2,4% a ritmo anual, e que a alemã, que se expandiu 2,2% frente ao primeiro trimestre do ano.

Para o resto do ano, o Japão terá que enfrentar a persistente força do iene, próximo a seu máximo em 15 anos e que prejudica a recuperação da potente indústria exportadora japonesa. Além disso, o crescimento econômico japonês terá que enfrentar o fim dos incentivos governamentais para a compra de produtos ecológicos - desde automóveis a eletrodomésticos - entre setembro e dezembro, que poderiam lastrar também os dados de consumo interno. O Japão também luta contra a persistente deflação, que corta o crescimento e o faz depender em grande parte da demanda externa, liderada pela China, o principal parceiro comercial da economia do arquipélago.

O Japão é a segunda maior economia mundial há quatro décadas. Nos anos 1980, durante o chamado "milagre econômico" japonês, o país fez conhecido seu poder industrial e exportador, que se tornou um dos maiores temores para as multinacionais americanas. Na época, analistas afirmavam que a economia japonesa poderia ultrapassar a dos Estados Unidos a longo prazo, o que não ocorreu.


Fonte: Época


até breve

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