segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Quilombolas e Indígenas ganham novo espaço no Rio


Preservação da Cultura e Folclore ganham com a iniciativa.

A Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) apresentou na quinta-feira (02/12), o projeto “Quilombolas e Indígenas: Cidadania e Território”. Autoridades, representantes de lideranças comunitárias e a sociedade tiveram momentos de reflexão e acesso a um universo ainda pouco apresentado: o dos quilombolas e indígenas. Com a iniciativa, comunidades têm tido cada vez mais espaço de inserção social e têm difundido suas tradições como um dos pilares da formação cultural do país, embora a pesquisa aponte que mais de 90% dos quilombolas não possuam registro civil.

O projeto fez a identificação numérica e territorial de populações indígenas e quilombolas, com vistas à inclusão das famílias no Cadastro Único e no Programa Bolsa Família, do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A identificação das famílias foi realizada por meio de cadastramento ,in loco, que incluiu cerca de 700 indígenas e 4.730 quilombolas, localizados em Angra dos Reis, Armação de Búzios, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Mangaratiba, Paraty, Quatis, Quissamã, Rio Claro, Rio de Janeiro, São Pedro da Aldeia e Valença.

O presidente da Ceperj, Jorge Barreto, classificou a conclusão deste trabalho como um momento novo da história do país.

- É o momento de reconhecer quem vem fazendo história no Brasil. O Rio de Janeiro vem contribuindo com essa melhora na tentativa de manter e valorizar nossas tradições, elevando esses grupos culturais a um nível de grande visibilidade – classifica Barreto.

Já Epitácio Brunet, diretor do Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas (Ceep) da Fundação Ceperj, responsável pelo projeto, disse que Quilombolas e Indígenas: Cidadania e Território representa para o Estado um resgate da sua função e que a miscigenação nos faz um povo forte e declarado.

- Demoramos 500 anos para construir uma cidadania. É esse o tempo que estamos levando – frisa Brunet.

Monalysa Alves, da Superintendência da Igualdade Racial da Secretaria de Assistência Social, representando a superintendente, a atriz Zezé Mota, acredita que o projeto fortalecerá as estratégias do governo para os próximos quatro anos. Haidine Duarte, representante do secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy, acrescentou as palavras de Monalysa e pediu que o trabalho tivesse continuidade.

- Precisamos investir em projetos de sustentabilidade e desenvolvimento cultural. A Constituição garante a essas populações condições de sobrevivência e desenvolvimento – lembra Haidine.

A segunda mesa abordou o panorama do cadastramento realizado nas comunidades indígenas e quilombolas. Márcia Biondi, subsecretária de Assistência Social e Descentralização da Gestão, alertou para o significado deste trabalho como algo real e de proteção social, com o objetivo de fazer com que não se perca a oportunidade de organização para ações presentes e futuras.

Kelly Ribeiro, assessora da Coordenação Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, apresentou os representantes das lideranças comunitárias como as vozes mais aguardadas do dia. Uma delas foi Bárbara Tatiana, do Quilombo Marambaia, em Mangaratiba. Ela parabenizou a ação de cidadania que o projeto promoveu para sua comunidade e as demais.

- Hoje somos nós que colocamos no papel o que o nosso povo fala. E essa é a diferença dos demais cadastros – disse emocionada.

A mesa foi encerrada pela coordenadora geral do projeto, Rosângela Ribeiro da Costa. Admiradora do trabalho do educador e filósofo brasileiro Paulo Freire, Rosângela fez uma longa lista de agradecimentos e contou um pouco da sua motivação nessa área.

- Eu morei cinco anos em Ilha Grande, nos anos 80, e eu não via muito incentivo governamental nessa questão. Lá eu pude vivenciar de perto o que essas pessoas passam – finaliza.

Os convidados assistiram à exibição de documentário, de Guillermo Planel, e da exposição de 36 fotos, de Severino Silva, registro das etapas da pesquisa nas comunidades quilombolas e indígenas. A exposição fica no Centro Cultural Ceperj, na Sala Djanira, em sua sede, na Avenida Carlos Peixoto, 54, térreo, Botafogo, até o próximo dia 17, com visitações gratuitas nos dias úteis, das 10h às 19h.

Quilombolas e Indígenas: Cidadania e Território é um projeto encomendado pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) e executado pelo Ceep da Fundação Ceperj. Foram levantadas demandas de documentação civil e acesso à rede de serviço socioassistencial de comunidades quilombolas e indígenas.

Participaram também das mesas redondas: Beatris Duqueviz, chefe da Divisão Geral de Apoio a Integração de Ações do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Felipe Rodrigues, gerente dos Projetos de Promoção Social de Rio Claro; Renan Andrade, técnico do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família do Município de Angra dos Reis; Rosângela Ribeiro da Costa, coordenadora Regional do Projeto; e os representantes de lideranças comunitárias: Reinaldo Peralta, da Aldeia Mamanguá, em Paraty, João Luis Ramos, do Quilombo Santa Rita, em Angra dos Reis, e Dona Uia, do Quilombo Rasa, em Armação de Búzios.

Fonte: ABN

até breve

Um comentário:

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

Tudo bem, chu, NOVO ESPAÇO e isto é ótimo. Mas "tão" de coração ou tão de "olho"? Se tão de "olho", "zói" de "boi gordo para mamar nas têta", ou "Debaixo de Olhos de JESUS LINDÂO REI GRANDÂO?" para dar coisa binita para negro e negra lindos?

ZOEreia isso aí, ok? Zoiar e ouvir. Custa não. Gosto de saber tudim, nos seus mínimos detalhes.

Por isso que meus ex- cumpanheiros petistas viviam me dizendo; COMPLICADO... ISSO É COMPLICADO... VOCÊ É MUITO COMPLICADA...

FALA SÉRIO. ELES COMPLICAM TUDO PARA NINGUÉM ENTENDER NADA E DEPOIS VEM DIZER QUE SOMOS?

Vai catar los coquitos em lás palmeiras de las deborazitas... que deve ter muitas por aí. Né não, chuchu? kkkkkk Tâo cum raiva de eu. QUé pegá eu. Mas tô dentro do coração de Jesus. Se me pegar eu derreto ali dentro do coração e ninguem me ver. kkkkk